domingo, 17 de junho de 2012

É, você sabe.

Eu sei que você sabe.

Eu sei que você sabe mais que todo mundo. É quem sempre sabe, tem certeza. 
Olha e vê, vê e adivinha. E acha.


Você sabe que isso é dor, dó, ré, mi, fá, sol, lá, si no ouvido dela. São todas as notas musicais misturadas. 
Que a dor seja de alegria, como as dores de barriga e a falta de ar de quando a gente morre de rir.
Que a não seja pra ela. Que a dó seja de quem não tem ela por perto. E nem você.
Que a seja pra voltar e olhar mais uma vez quem te dá força. Que seja pra repetir o que ficou guardado como inesquecivelmente bom.
Que o mi seja uma mistura de minha e de mico.
Que seja irmã da fé e da verdade.
Que o sol seja quem dá o brilho que ilumina os dois.
Que o seja o lá longe ou o lá na esquina, ou o lá na sala em frente a TV.


Chega de descer ladeira abaixo. Talvez seja a hora da subida. Da escalada, se for uma montanha.  De levantar voo se for pra muito longe.

É hora de ir. 

Todos podem. Você não. Não mais.
Mas ora, quem disse? 

Já é hora. E é agora.

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